
sábado, 28 de fevereiro de 2009
The Power of the myspace

sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009
Michael Azerrad na + Soma.
Ei, faça o seguinte, clique aqui e baixe a revista Mais Soma #08 e leia a entrevista do Michael Azerrad, jornalista de música. Um cara formado na faculdade que escreve sobre música e tem interpretações interessantes. To com a língua queimada, quem passou nos bancos universitários pensa legal e não fica nos chavões.
Caso ainda não seja o suficiente para ler a entrevista, leia o fragmento a seguir :
“É evidente que dentro da cena underground existem diferentes campos, pessoas extremamente opostas. Como os Butthole Surfers, que eram um bando de doidos, tomavam muitas drogas, mas também trabalhavam bastante, e isso é uma coisa que muitas pessoas não percebem: por mais que os Butthole Surfers fossem drogados, eles se importavam muito com sua música, a ética de trabalho deles era muito forte.
No geral, as pessoas se uniram em torno da idéia do punk. Sempre houve interpretações diferentes sobre o que era o punk, como ele devia soar, mas a idéia principal era apenas ser você mesmo e não se importar em vender discos em grandes lojas. Então, nesse sentido, os Butthole Surfers eram punk rock, o Black Flag era punk rock e o Sonic Youth é punk rock. Se bem que isso tudo mudou quando o Green Day apareceu e disse:
“O punk rock agora é uma fórmula” (risos). O punk era uma atitude, não um som, e essa atitude podia ser interpretada de várias formas diferentes, e tudo bem. Acho que as pessoas entendiam isso – havia competição, mas também era preciso cooperar. Havia cartazes bizarros, com bandas muito diferentes tocando na mesma festa, mas as bandas
sabiam que teriam de cooperar na hora do show, ajudar a carregar equipamento etc. E eles também sabiam que estavam construindo uma comunidade, uma rede de trabalho. Aquela comunidade foi construída e isso foi bom para todo mundo. O Black Flag podia desprezar o Beat Happening, mas eles sabiam que seria uma boa idéia tocar em um clube comandado pelo Beat Happening em Olympia, Washington. Podia haver diferenças filosóficas e musicais, mas o sentimento geral era de construir uma comunidade para que todos pudessem desfrutar dela.” Página 65.
ou assista aqui e com legenda:
A TV de Mau Humor. # 02 - Programa Especial
Os dias de desemprego são bons para pensar nos shows, ligado ao punk-hardcore, que estive envolvido de alguma maneira na organização. Lembro desde show com temática “Anti-Mac`Donalds” (em 98?), num boteco perto do terminal norte, com os punks curitibanos do White Christian Death passando por bandas do Brasil e do mundo.
A tal lembrança e os dias de desemprego me fez escrever sobre os shows. Então, a postagem de hoje será basicamente com o show dos alemães do Force of Change, que tocou no dia nove de abril de 2004, acompanhado dos italianos do Purification, uma horrível banda de metal core . Infelizmente, a primeira parte da turnê brasileira era com os tais italianos da “holy war” (eu gosto de acrescentar o sucks) e não tinha como excluir os caras, acredito que a Chris sabia da primeira parte da turnê e somente avisou na hora de fazer o cartaz. hehehe
A organização do show foi minha e da Chris, tendo como palco o Garage Rock Bar, no Itinga, os vídeos foram registrados pelo Cabessão, toda turnê brasileira foi idealizada pelo selo Caustic.
Force of change - "Through these eyes"
Force of Change - "Ways to Bette days"
Force of change - "Snow falling on cedars"
Force of change - "Betray" - Cover do Minor Threat
Force of change - Hybris
quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009
Cinema sem moicano ...
Não lembro nos filmes encontrar caras com moicanos ou garotas com camisetas da banda Spitboy, mesmo assim, garanto que a seleção dos filmes tá legal.
quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009
A Chris e suas coisas do demo.
"Em pouco tempo, as próprias bandas começaram a notar e elogiar o blog. Christiani conta que normalmente, os músicos deixam comentários ou escrevem e-mails agradecendo o resgate histórico ou enviando material para ser postado. Ao contrário da maioria dos blogs do gênero, esse talvez seja um dos poucos a ter uma relação amigável com os, digamos, “homenageados”. “Só teve uma banda mandou o material por email e pediu para eu fazer a resenha. Respondi que era um blog de downloads, e não de resenhas e que se eles quisessem eu podia colocar o material deles pras pessoas baixarem, e eles disseram que não queriam”, conta Christiani sem relevar o nome da banda mal-criada."
domingo, 22 de fevereiro de 2009
O punk-hardcore de Joinville.
Uma comunidade mais sólida com fortes ligações a prática do “faça você mesmo”, as ações além dos acordes barulhentos, trazendo agitação política social radical, produções de zines e shows, por aqui é um tanto que dispersa. Tentar indicar bandas que estão ativas e fazendo algo próximo a isso é uma tarefa difícil, ainda mais de ressaca no domingo de carnaval depois da passagem do Manu Chao e Radio Bemba por terras catarinenses.
Odeio o seu Ódio
Beavis na bateria, Ribas no baixo e vocal e Camila no vocal e na guitarra. Os três são membros do “Coletivo Contraparte”, que mantém uma proposta próxima ao que entendo como punk-hardcore e a prática “faça você mesmo”. A sonoridade é rápida, porrada atrás de porrada, é o que se convencionou a chamar como “fastcore”.
Escute aqui
Breathing Again
Uma banda de hardcore com membros straight edge, não que isso tenha importância, mas a sonoridade pode se encaixar ao que os babacas de padrões médios de conhecimento musical determinam como uma banda straight edge. A banda é boa, infelizmente está parada e as razões não faço idéia.
Escute aqui
Lugar Nenhum
Nunca li as letras, na verdade não tenho idéia se a banda tem letras ou as músicas são somente instrumentais. Somente escutei o que tem no myspace e escutei três ou as duas músicas no final da primeira apresentação em 2009. As referências são aquelas bandas que “jornalistas especializados em música” classificam como “indierock” ou “posrock” e toda essa bobagem. Eu tenho a preferência de tratar como música boa.
Escute aqui
Friend or Foe
A banda é uma surpresa que ainda não assisti ao vivo. As músicas do myspace trazem um hardcore bem feito ou seria hardcore melódico ? Uma boa referência seria o último disco dos suecos do Satanic Surfers, quem sabe mais uma pegada de Propagandhi a banda estaria nas minhas audições diárias.
Escute aqui
quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009
A TV de Mau Humor. # 01
No Hope For The Kids é uma banda da Dinamarca. Uma terra fria que traz esses caras tocando um punk rock reto e com uma pegada carregada e toda uma atmosfera "os tempos da guerra fria deixaram marcas nas novas gerações."
Como canta o Marcelo (ex-vocal do Flesh Grinder e ex-dono da Alternative Records) "protresto punk!" sempre tocando numa única nota no violão. Por isso, nada melhor do que trazer um pouco sobre o debate em torno do aumento da tarifa no zarcão da cidade de Joinville.
Os holandeses do Vitamin X tocaram em Joinville. A Chris e eu organizamos o show no Garage, aí vaí um vídeo monstro da apresentação deles em território tcheco.
Bandanos foi a primeira banda a responder os questionamentos da versão de papel do Mau Humor zine. Sempre porrada, sempre rápido e agressivo.
Keith Morris e toda os caras do Circle Jerks tocarão no Brasil, agora mesmo março de 2009. No vídeo ele comenta os ensimentos básicos para um punk rocker de mau humor, ou seja, quem você deve odiar.
quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009
deu "punk rock" na orelhada.

domingo, 15 de fevereiro de 2009
Dica

Você já leu alguma coisa sobre bandas punk étnica ? Eu não tenho lembrança de ler ou ouvir o termo, mas é a maneira que utilizo para “conceituar” bandas como The Kominas ou Los Crudos.
Clique aqui e leia mais sobre os tais punks muçulmanos.
sábado, 14 de fevereiro de 2009
O punk como um espaço livre.

Ian MacKaye (leia a entrevista completa aqui.)
sexta-feira, 13 de fevereiro de 2009
Coluna de um Caído do punk - por Flavio Solomon
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O punk-hardcore ligando o foda-se para a balança.
A necessidade da porra de um moicano em pé para legitimar sua condição de punk rocker era muito recorrente na comunidade punk-hardcore, ao menos se ouvia falas em torno de questões como “A estética é importante para chocar a sociedade.” Sei lá, a minha interpretação é que o visual tradicional composto de jaqueta, rebites, cintos, balas, pacthes, moicanos somente serve para você passar perto de um canteiro de obras e algum operário da construção civil perguntar qual será o ponto de encontro do bloco de carnaval.
Nos últimos anos a questão da estética, palavra para disfarçar o ato de fazer graça para as “gatinhas”, voltou à tona. No meu ponto de vista de maneira mais vazia e babaca. Agora, o esquema é manter na estica, sempre bem arrumado, como nos encartes dos lp`s das bandas dos anos oitenta, mesmo que nem uma vitrola você tenha
Damian Abraham - Vocalista da banda Fucked Up
Virou “arroz de festa” fazer a critica ao esquema do revival no punk-hardcore, mas nessa onda uma banda chamou a minha atenção, o Fucked UP. Enquanto a sonoridade está pautada em muita banda boa dos anos oitenta, o lado do visual, da estética sacana e babaca é deixado de lado. Onde o que é estabelecido como “belo” ou “feio” é deixado de lado. O punk-harcore é uma comunidade para todos, seja magrinhos em suas roupas apertas ou para os gordos peludos.
Flavio Solomon,
um punk rocker que ta ficando gordinho e colunista do Mau Humor Zine.